Sumario: | Na Europa do Antigo Regime, os periódicos manuscritos foram uma das formas usadas para a circulação de notícias. Porque escapavam à censura, eram mais livres e mais rápidos do que as gazetas impressas coevas. Em Portugal, as folhas manuscritas podiam abordar temas da corte ou das províncias, podiam dar notícias de crimes e de casamentos, projectando e partilhando as conversas, a correspondência entre as elites e os rumores. Reproduzindo no essencial a forma de uma gazeta, estes folhetos eram copiados e enviados para vários pontos do Reino, contendo informação diversa - em particular sobre a sociedade e a cultura Setecentista -, difícil de encontrar noutras fontes. Para o estudioso da época, são textos fundamentais. O primeiro exemplar português que conhecemos intitula-se "Diario de Lisboa 9 de Agosto de 1729" e é agora dado à estampa, junto com a sequência de exemplares até ao final de 1731. Um conjunto guardado na Biblioteca Pública de Évora, que se espera continuar a transcrever e a editar. Imagem da capa: BPE, Cód. CIV/ 1-5 d, fl. 97v.
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