Sumario: | A representação de nós e dos outros encontra-se muitas vezes associada à História que nos foi ensinada, em que o Manual Escolar tem um papel fulcral enquanto recurso de ensino-aprendizagem. Esta obra desenvolve um estudo comparativo do ensino da Guerra Fria em várias áreas da Europa - Europa Ocidental, Europa do Norte e Europa de Leste -, entre o período final da Guerra Fria, década de 1980, e o pós-Guerra Fria, década de 1990. Os objetos centrais deste estudo foram os Manuais Escolares de História de 17 países europeus e, sempre que foi possível, também os seus Programas Escolares. Trata-se de uma investigação pioneira em Portugal, sobretudo pela sua abrangência geográfica, diversidade política e linguística, e tratamento de um acervo documental inédito ou pouco conhecido em Portugal, sediado no Georg Eckert Institut (Alemanha). O estudo encontra os seus interesses no cruzamento entre a História da Educação e a Educação Histórica, elegendo a formação das competências históricas como a sua preocupação e averiguando o contributo do Manual Escolar na formação dos futuros cidadãos. No ponto de chegada desta viagem trazemos à luz o uso da História de forma bem diferenciada entre três regiões da Europa, geograficamente e politicamente diferentes. Podemos afirmar que a História, para além da sua vocação científica, também pode ter uma função terapêutica e até militante, este último aspeto constatado nas manipulações da história da Guerra Fria.
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